Os que Sonham...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor-próprio, meu primeiro e único amor.


Eu tentei não me render, mas foi em vão. Este meu “sangue doce” para pessoas carentes ainda vai me levar à loucura.
Quando me apaixono, escrevo versos, choro, morro de ciúmes e me “descabelo”.
Com você não foi diferente.
Você foi aquele que eu peguei para mim, estendi a mão e disse:
- “Vem, eu cuido de você.” E você veio sem medo.
Abracei-te bem apertado e sussurrei ao teu ouvido:
- “... A minha herança para você é o amor capaz de fazê-lo tranquilo.”
Você sentiu toda força do meu coração. Viu-me como o teu porto seguro, ou melhor, porto seguro uma “ova”, você me viu como uma idiota mesmo!
E eu, a “idiota da parada”, segurei mesmo todas as tuas frustrações, tuas tempestades e inseguranças. E eu te amava de qualquer jeito. Era capaz de amar até a tua covardia.
Quando você me dizia: - “Eu não sou capaz”, eu mais que depressa retrucava: - “O que é isso? Claro que você pode. Você é inteligente e blá, blá, blá”... Enfim, eu enchia a tua bola.
Ma a verdade é que eu acreditava mesmo em você, para mim você era o “gostosão do pedaço”.
Mas acho que nenhum dos meus cuidados foi suficiente para te segurar ao meu lado. O meu amor foi pouco para você, ou será que eu era demais para você? Vai saber o que se passou nessa tua cabeça de vento.
E depois de sugar toda minha energia, você se foi.
E aquele “bichinho arredio” que eu cuidei, virou uma fera no cio e saiu “pegando” todas por aí.
Eu fiquei aqui, mais uma vez, enxugando minhas lágrimas e lambendo minhas feridas. Mas aprendi que o amor é mesmo igual a um jardim. Plantamos as flores, podamos a grama, regamos e elas ficam verdinhas. Lindas! Aí vem uma galinha e cisca. Vem uma vaca, pisoteia as flores, a grama, e come tudo.
Mas existe uma coisa que nem você, nem as galinhas e nem as vacas vão conseguir destruir, que é o meu amor - próprio.
Pelo menos este amor, eu tenho certeza, nunca vai me abandonar.



Projeto Suas Palavras                                                            
14ª Edição Visual                                                                                          





















Bloínquês 77ª Edição Musical


7 comentários:

Unknown disse...

"Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca."

Abraço.

Artes e escritas disse...

Uma reflexão para você: FELIZ DIA DO AMIGO! Um abraço da amiga blogueira, Yayá.

Vivian disse...

Bom dia,Nina!!!

Que coisa, né...e acontece tanto!!
Mas ainda bem que ao menos o amor próprio ela conservou!!A maioria não conserva nem isso...
Belo texto!!Beijos pra ti!!

Mari...♥Luz da Lua♥ disse...

Ahaha..é verdade, sempre tem uma vaca gulosa.
Adorei o texto, como sempre.
Beijos...mari

Anne Lieri disse...

Nina,um texto muito comovente e que mostra como nos enganamos com as pessoas,ás vezes!Adorei sua participação!Bjs,

Sandra disse...

Estamos aqui neste momento tão especial da coletiva. Um lindo e belo texto.
Estou também participando. Vamos confeir juntos mais esta momento.
http://sandrarandrade7.blogspot.com/2011/07/coletiva-lagrimas-de-saudades.html
Carinhosamente,
Sandra

Irene Moreira disse...

Nina

A vida é sempre um aprendizado.Podemos nos enganar, mas o importante é saber voltar a sorrir.
Parabéns !!!

Beijos dessa amiga que tira um dia para visitar os amigos do coração.