As minhas vontades vagam nos vãos do destino.
Prendem-se nas armadilhas do medo.
E assim, vou colecionando feridas.
Devoro-te o corpo, a presença e a alma como
se você fosse meu último alimento.
Vaga a vida, vaga o destino...
E a solidão vem montada no dorso de um
Cavalo Negro, selvagem, que galopa
numa velocidade incrível tentando derrubá-la.
Mas ela obstinada, agarra-se a crina negra reluzente.
Na minha insanidade, observo tudo e reconheço - me
no cavalo que luta por sua liberdade
e pelo desejo de viver só, sem sentir - se só;
Cavalgando pelas florestas escuras da alma
sem medo de me perder ou de morrer
de fome sem a tua presença.
Em meio ao meu delírio,
o cavalo agora galopa manso,
o cavalo agora galopa manso,
crinas soltas ao vento e em seu dorso
vem trazendo a esperança.
Insanidade e lucidez...
Desejos e vontades...
Desejos e vontades...
Solidão e esperanças vagam no destino
ou cavalgam no dorso do Cavalo Negro.
Hora manso... Hora selvagem.
Seguindo assim pelos caminhos que
se abrem ao vê-lo galopar livremente.
4 comentários:
Muito interessante, principalmente porque o cavalo negro não é aliado da solidão. Achei esse pequeno grande detalhe encantador!
Um beijo.
Nina,um texto muito lindo e profundo!A solidão que nos assusta, é aquela que guia o Cavalo por caminhos de liberdade!Ficou maravilhosa sua participação!bjs,
Soberanas vontades mansidão do teu negro cavalgar em doce sentir da solidão dos desejos profundos da poesia acolhida no dorso dessas palavras em corpo poético de um poema feito de sentidos...
Grata pela leitura
Muito interessante, e profundo..
Esse poema e muito rico e feito em corpo poético um poema inteiramente feito de sentimentos que nós levam a refletir bastante...
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