Já era quase noite e ele ainda não havia aparecido.
Ela, o esperava todo dia sentada naquela pedra gasta pelo tempo.
Na lápide envelhecida havia a foto de uma senhora e ele sempre a chamava de mãe e chorava baixinho.
E Ela, a moça de vestido Carmim, observava-o penalizada.
Anos a fio ela assistia aquela cena. Ele ainda era um “rapazote” quando visitou o túmulo pela primeira vez.
E a moça, encantou-se com aqueles olhos azuis, os cabelos cor de mel, encaracolados... Parecia um anjo.
Ela sentava-se ao lado dele, tocava sua mão e sussurrava.
“Não chore, ela está bem e disse que te ama tanto... Ela não quer vê-lo sofrer.”
Mas ele não dava a mínima e debruçava-se sobre o túmulo e adormecia.
E a moça acariciava-lhe os cabelos macios.
Mas hoje, a noite caiu e ele não apareceu. Passaram dias... E nada do anjo voltar. E a moça vivia a se perguntar o que teria acontecido para ele ter deixado de vir visitar o túmulo da mãe tão querida?
Num belo dia, daqueles em que a brisa brinca com as folhas levantando-as e o céu está vestido de um azul tão limpo, ele apareceu trazendo consigo lindas rosas. E a moça, sentada na pedra, estava distraída com uma pequena flor, “roubada” do túmulo ao lado, o viu ajeitar as flores perto da imagem da senhora. Ele estava lindo, e num sorriso, o qual a moça do vestido carmim ainda não conhecia, contou a novidade para a mãe.
“Conheci uma linda moça e iremos nos casar em breve.”
A moça, do vestido carmim, levantou-se num pulo e chorosa começou a dizer.
“Não. Isto não pode acontecer. O que será de mim sem você? Espero-te todos os dias aqui, sentada nesta pedra e se você se casar, não voltará mais e eu não poderei mais enxugar as tuas lágrimas, afagar teus cabelos.”
Mas ele não a escutava, O mundo entre eles era a Vida e a Morte. Ele tinha a Vida e ela a Morte, e com ela a moça não podia lutar.
Ele ajeitou as Rosas, tirou uma, e colocou sobre o túmulo ao lado. Na lápide havia a foto de uma linda moça, de cabelos loiros. Por um momento, ela pareceu tão íntima dele. Deixou a Rosa e foi embora.
A moça chorou... Acariciou as pétalas, deitou-se e colocou Rosa sobre seu peito.
Ela Seria a única lembrança que teria dele, e seria eterna.
E todos que visitam o túmulo ficam admirados ao ver ao lado da imagem da moça com vestido Carmim , a Rosa que nunca seca.
Projeto Suas palavras.
21ª edição Imagem
5 comentários:
Finalmente consegui acessar o seu blog, a internet bloqueava e agora desbloqueou. Uma história romântica, consegui ler e a internet não caiu, estou contente em te visitar. Um abraço, Yayá.
Eu achei tão gostoso teu espaço me aconheguei e fiz uma um boa leitura rs...li uma boa parte dele...Tudo de muito bom gosto.
Parabéns...belissimo.
Bjs
Nina,que conto fantástico!Ficou fabulosa sua imaginação!Eu adorei o final que arrumou para a história!De arrepiar!...rss..bjs
Ficou muito legal tua inspiração,Nina! um beijo,lindo domingo,chica
Tem um selinho no meu blog para você comemorativo 1 ano blog bjos!Linda semana !
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